13 de fevereiro de 2025
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Trânsito

Procon instaura procedimentos para apurar filas excessivas nos pedágios da BR-101

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Concessionárias responsáveis pelos trechos são obrigadas a liberar a cancela em caso de grande volume de veículos

O Procon de Santa Catarina instaurou, no fim de janeiro, dois processos administrativos contra as concessionárias CCR e Arteris para investigas as medidas tomadas sobre as longas filas registradas em praças de pedágios na BR-101, ao longo do litoral catarinense. Apenas neste mês de fevereiro, o órgão recebeu mais de 58 denúncias relacionadas à demora na passagem.

Segundo o Procon, os trechos com mais espera incluem as cidades de Tubarão, Laguna, Porto Belo, Jaguaruna e São Cristóvão. Além disso, o pedágio em Paulo Lopes, no sentido Norte, registrou filas superiores a 3 km. No pedágio de Palhoça, também no sentido Norte, a fila chegou a 9 km, com tempo de espera estimado em 30 minutos. Ainda há menções a filas além do permitido em Araranguá e Maracajá, no sentido Sul.

 

A distância das filas descumpre contrato entre as empresas concessionárias com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O Programa de Exploração da Rodovia (PER) estabelece que, caso os limites de filas estabelecidos sejam atingidos, os motoristas devem ter a passagem liberada, sem a cobrança de pedágio

A CCR Via Costeira, que administra o trecho sul da BR-101, tem o limite de 200 metros para filas em dias normais e de 400 metros em feriados e vésperas. Já a Arteris Litoral Sul, responsável pelo trecho norte, não pode ter filas com mais de 300 metros.

Fiscalização

O Procon estadual informou que realizou, nesta quarta-feira (12), uma operação de fiscalização nas praças de pedágio de Tubarão, no Litoral Sul, e Palhoça, na Grande Florianópolis. Nos locais, foi constatada a presença de placas que informam os limites de filas tolerados em cada ponto de pedágio.

De acordo com Michele Alves, diretora do órgão, o objetivo dos processos administrativos é garantir que os motoristas tenham informações claras sobre a causa das obstruções nas vias e que a liberação das catracas sejam cumpridas. “Para que o consumidor saiba que a espera é decorrente de alguma situação atípica, envolvendo algum acidente, ou se for da praça de pedágio. Daí nesses casos sim é onde o Procon atua”, explicou.

Foto: ProconSC

Processos administrativos

No último dia 21 de janeiro, a CCR e a Arteris foram formalmente notificadas sobre os processos em uma reunião com representantes das concessionárias e da ANTT. A Agência explicou que realiza fiscalizações ao longo do ano em relação ao serviço prestado, filas e tempo de resposta ao consumidor, mas que abandonou o parâmetro de tempo de espera nas filas de pedágio por ser muito difícil a comprovação. Em vez de tempo, a marcação de distância foi priorizada.

Tanto a Arteris quanto a CCR foram intimadas a prestarem informações sobre as medidas adotadas sobre as filas que extrapolam o contrato com a ANTT; a metodologia utilizada para garantir que o tempo espera em pedágios fique dentro do estabelecido no contrato; os parâmetros e métricas para medir as filas e o tempo de espera; e quantas vezes e quando as cancelas foram abertas em casos de filas.

O representante da CCR afirmou que a empresa abriu as cancelas de seus pedágios 16 vezes no final de 2024. Já a Arteris declarou ter aberto uma vez. Os processos administrativos têm caráter de investigação preliminar e, dependendo do andamento, podem tornar-se sancionatórios e acarretar na cobrança de multas.

“Nos próximos dias, estaremos passando maiores informações sobre o final desse procedimento, que há prazos, há direito ao contraditório. Então é importante que o consumidor saiba que nada é de forma imediata. Nós estamos atuando dentro da legalidade”, ressaltou Michele Alves.

           

             

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