Fonte: Band.com.br | Foto: F1
FIA não encontra indícios de infração, mas faz acordo com equipe austríaca por mudanças no dispositivo
Após denúncias de equipe de que a Red Bull teria um dispositivo que muda a altura do carro em momentos proibidos pelo regulamento, a FIA chegou a um acordo com a equipe para mudanças no carro, apesar de tanto a equipe negar o uso indevido e a Federação admitir que não encontrou indícios de ilegalidades.
O dispositivo em questão serve para mudar a altura na parte dianteira do carro. Todas equipes possuem um dispositivo desse tipo, mas o design único encontrado na Red Bull possibilita que esse ajuste seja feito de dentro do cockpit. E daí surgiu a preocupação de outros time de que esse ajuste estivesse sendo feito entre a classificação e a corrida, o que é proibido pelo regulamento.
Além de quebrar as regras, a mudança de altura seria muito útil. Isso porque na classificação, com carro mais leve, é interessante andar com ele mais baixo. Já na corrida, com ele mais pesado por causa do tanque cheio, é melhor andar com ele levemente mais alto. Como hoje em dia é preciso comprometer o desempenho da corrida ou do quali ao escolher a altura do carro antes de ir para a pista na classificação, essa mudança entre uma sessão e outra daria muita vantagem ao time que tivesse a habilidade de fazer isso.
A Red Bull confirma a existência do sistema, mas diz que não dá para ser acessado com o carro montado. Diz também que não tem nada a esconder, já que o design em questão estava em um documento de domínio público de todas as equipes e que fica nos servidores da FIA
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Já a FIA diz que não há quaisquer evidências de que a Red Bull tenha usado o sistema de forma ilegal. Mas pelo bem da isonomia, selos serão aplicados no componente em questão para terem certeza que não está sendo usado em um momento em que não poderia.
Apesar de a FIA não ter encontrado nada ilegal, a entidade e a Red Bull chegaram a um acordo para mudar essa peça. Como não é algo tão simples de ser feito, a mudança ficou para o GP de São Paulo. É um caso parecido com o da asa traseira da McLaren, que criava uma espécie de mini DRS. Apesar de ter passado nos testes da FIA, a equipe britânica chegou a um acordo com a Federação para alterar o design da asa traseira.