O último debate entre os candidatos a presidente, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizado pela Rede Globo, na noite desta sexta-feira (28), teve o formato parecido com o da Band, ocorrido no dia 16 de outubro. Como se previa, o modelo serviu de referência. Mas, não vem ao caso. Sobre o debate, pouco aproveitável. Os candidatos usaram a maior parte do tempo com troca de acusações a respeito de corrupção, entre outras provocações, com lembranças dos governos. Bolsonaro focou exatamente no passado de Lula, que por sua vez, quando indagado sempre fugia do assunto, com respostas vagas, por vezes, pedindo desculpas e chamando o oponente de mentiroso. Coube ao expectador interpretar quem mentiu mais ou menos, e comparar, na prática, o histórico de cada um. Pois, se depender somente do que ambos falaram, o debate não serviu para nada. (Imagem: reprodução vídeo)
Assuntos conhecidos e repetitivos
O debate se transformou numa repetição do que se sabe e se vê nas propagandas e redes sociais, e que tiveram momentos exaustivamente usados em discursos de campanha. Temas como o salário mínimo, aposentadorias, constituição, fome e meio ambiente, entre outros, estiveram em pauta. Porém, sem profundas argumentações. No entanto, chamo atenção ao desmerecimento no papel do Micro Empreendedor Individua (MEI), de parte de Lula, o que não concordo. Seja como for, o Brasil terá que decidir neste domingo, 30, exatamente, pelas comparações de um e outro, não pelo que se viu no debate, qual dos dois deverá ocupar o cargo de Presidente da República, a partir de 2023.
Sobre Santa Catarina
No Estado de Santa Catarina, diferente do quadro nacional, não houve polarização durante a campanha. A opinião pública de um lado, com forte tendência mais conservadora, e de outro, as pesquisas, apontam para uma eleição tranquila do senador Jorginho Mello (PL). Nem mesmo o último debate aberto, na NSC, da última quinta-feira (27), deverá mudar o cenário. Restará saber apenas, com quem Jorginho irá gerir o Estado, se com um aliado, ou com um opositor, na esfera federal.
É chegada a hora de decidir
O domingo (30), carrega o peso de uma história futura. O voto a Presidente, em especial, dirá o que o povo realmente quer. Não é impróprio colocar na balança cada um dos candidatos, analisar, e fazer a opção. Nunca foi tão fácil decidir. Ontem ouvi alguém dizer, que sonhar com o melhor para o futuro do País é algo objetivo, simples e natural. Porém, se o sonho se tornar pesadelo e tiver nome, os culpados devem assumir a responsabilidade, sem o ônus do perdão, e nem dizer que se arrependem. Todos sabem o que acontece ao redor, na América Latina, e estão mais do que avisados. As cores de duas bandeiras, sinalizam o futuro.