25 de setembro de 2024
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Policial

Rinha de galos resulta na condenação de 12 pessoas no Oeste de SC

Animais eram mantidos sem água e comida e sofriam maus tratos

Uma competição que visava fomentar brigas entre galos, popularmente conhecida como “rinha de galo”, resultou na condenação de 12 pessoas em Concórdia, no Oeste de Santa Catarina. Os homens foram pegos em flagrante em dezembro de 2017 no Distrito de Planalto, no interior do município.

Onze acusados foram condenados pelo Juizado Especial Cível e Criminal a 3 meses e 18 dias de detenção. Apenas um deles teve a pena definida em 4 meses e 11 dias, por possuir condenação anterior por outro crime. Todos podem recorrer em liberdade.

Na época do crime, a Polícia Militar Ambiental flagrou 32 pessoas em uma pocilga desativada, que era utilizada como “ringue” das aves. Destes, 14 aceitaram e cumpriram um acordo de transação penal, com a extinção da punibilidade.

 

Outros 18 foram denunciados – quatro deles não foram punidos pela prescrição do crime, um deles morreu e outro aceitou e cumpriu a suspensão condicional do processo. Os 12 réus condenados tiveram o direito a fiança, definida pelo pagamento de 42 salários mínimos, ao todo.

 

Animais sofriam maus tratos

Segundo a denúncia, a Polícia Militar Ambiental recebeu uma denúncia de repetidas realizações de rinhas de galo na propriedade de um dos acusados. Durante uma batida policial, a guarnição verificou que os denunciados participavam das competições ao redor de duas arenas (tambor/cancha), onde dois galos brigavam.

Os denunciados realizavam apostas e anotavam  a indicação dos galos que participavam da rinha, com o peso e número dos lacres que lhes eram colocados nos pés, e nome dos apostadores. As rinhas contavam até com regulamento escrito para as disputas.

No local, foram encontrados 33 galos presos em gaiolas de madeira, sem aberturas para ventilação e luminosidade adequada para os animais. Eles também estavam sem água e comida.

Além disso, todas as aves possuíam alguma parte do corpo sem penas, que teriam sido cortadas ou arrancadas. As esporas das aves também eram cerradas e substituídas por esporas artificiais que, de acordo com a perícia, causavam sofrimento aos animais.

No local e com os denunciados também foram apreendidos medicamentos, seringas, agulhas e ataduras utilizadas para fazer curativos nas aves, além de bicos de metal, lixas, tesouras, esporas artificiais e sacolas para o transporte dos animais.

 

Foto: Divulgação/Getty Images