Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
SC é também o 3º com menos eleitores de esquerda; veja ranking
Santa Catarina é a segunda unidade da federação com mais eleitores de direita. O dado foi revelado pelo Panorama Político 2024, maior pesquisa no Brasil sobre as preferências do eleitorado. Segundo a DataSenado, em parceria com a Nexus, área de Pesquisa e Inteligência de Dados, 37% dos catarinenses se consideram de direita e apenas 10% se consideram de esquerda.
Quem lidera esse ranking é Rondônia, com 41%. Atrás de SC vêm Paraná e Mato Grosso na terceira posição, com 36% (confira abaixo o ranking completo). Já no ranking de eleitores de esquerda, Pernambuco e Rio Grande do Norte lideram, ambos com 18%, seguidos pelo Ceará, com 17%. Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo ocupam o terceiro lugar, com 16%.
Segundo o Panorama, a preferência pela direita prevalece entre os eleitores brasileiros que se identificam com algum posicionamento político, independentemente da renda familiar, escolaridade, raça, gênero e unidade da Federação onde mora.
Na média do Brasil, são 29% que se identificam com a direita, seguidos por 15% que se denominam de esquerda e 11% de centro. Os três grupos somam 55%. Outros 40% não se identificam com nenhum posicionamento político e 6% não sabem ou não quiseram responder.
A pesquisa entrevistou 21.808 brasileiros de todas as 27 unidades da Federação entre 5 e 28 de junho deste ano. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro média nas respostas para dados nacionais é de 1,22 ponto porcentual.
Entre os evangélicos, 35% se consideram de direita, 9% de centro e 8% de esquerda. Entre os católicos, são 28% de direita, 15% de esquerda e 10% de centro. Já no grupo “outras/sem religião”, tanto direita quanto esquerda alcançam 21%, seguidas por 13% de centro. Nesses três segmentos, prevalecem os que não se identificam com nenhum dos três posicionamentos.
Para Elga Lopes, analista de opinião pública do DataSenado, portal institucional do Senado Federal, o diagnóstico é especialmente relevante considerando a proximidade das eleições municipais. “Ainda que as preferências ideológicas sejam um tema de destaque no debate público recente, chama atenção o elevado desinteresse do eleitor brasileiro pelos três principais espectros políticos. É expressiva a fatia da população que não se identifica com nenhum deles”, afirma.
Preferência pela direita é mais recorrente entre homens mais ricos
No grupo dos eleitores masculinos, 34% se consideram de direita, contra apenas 24% das brasileiras. A preferência pela direita também é mais recorrente entre brancos (32%) do que entre brasileiros autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (26%). Entre as mulheres, o percentual que não se identifica com nenhuma ideologia chega a 46%, diante de 34% dos homens.
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Tanto a renda quanto a escolaridade também afetam o posicionamento político dos eleitores. A falta de preferência é mais comum entre aqueles com renda de até dois salários mínimos (47%) e reduz gradativamente até chegar a 21% no grupo com renda acima de seis salários mínimos. Em todas as faixas, a direita supera tanto o centro quanto a esquerda, registrando apoio de 25% entre os mais pobres e 37% entre os mais ricos.
Quanto maior a escolaridade, mais frequente é a escolha por um dos três espectros políticos. O percentual de eleitores sem preferência cai de 45% entre aqueles com até ensino fundamental incompleto para 28% entre os que têm ensino superior incompleto. Neste último grupo, outros 31% se declaram de direita, 21% de esquerda e 17% de centro.