12 de fevereiro de 2025
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Saúde

Saúde alerta como identificar, prevenir e entender os riscos da febre maculosa

Foto: Prefeitura de Jundiaí/Reprodução

Município da Grande Florianópolis decretou situação de emergência pelo risco de proliferação da doença

A febre maculosa vem ganhando cada vez mais a preocupação da população, especialmente na Grande Florianópolis. Isso porque a doença infecciosa é transmitida pela picada de carrapatos infectados, comumente encontrados em capivaras, animal que habita os municípios da região.

No último dia 31 de janeiro, a Prefeitura de Palhoça decretou situação de emergência por conta do aumento da população de capivaras observado na região do Lago da Pedra Branca e o risco de proliferação de carrapatos no local.

 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) explica que a transmissão da doença ocorre quando o inseto infectado fica aderido ao corpo da pessoa, ou pela penetração de bactérias em lesões na pele, com o esmagamento do carrapato. A espécie pode ser encontrada em animais de grande porte, como bois e cavalos, mas também nas capivaras, cães, aves domésticas, gambás e coelhos.

A SES salienta que as capivaras não transmitem a doença, apenas servem de fonte de infecção para o carrapato, que poderá transmitir a doença a outros animais. Além disso, a capivara só pode ser contaminada uma vez.

Foto: PMP/Reprodução

No ano de 2025, até o momento, apenas um caso de febre maculosa foi confirmado em Santa Catarina e 16 estão em investigação. Em 2024, foram 68 casos, todos manifestados de forma branda e evoluíram para cura. Os dados constam do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN).

Sintomas

A febre maculosa é caracterizada por um quadro de febre aguda com evolução leve a moderada. Os principais sintomas são febre e uma ferida arredondada e indolor que surge no local da picada do carrapato. Além disso, podem surgir ínguas próximas à ferida, erupções na pele (exantema), principalmente no tronco e membros, mal-estar geral, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações.

“Os sintomas podem aparecer entre o segundo e o 14º dia de exposição. É sempre importante procurar por atendimento médico ao apresentar sinais e sintomas. O médico vai fazer a avaliação, investigando se a pessoa mora e/ou esteve em local de mata, floresta, fazendas, trilhas ecológicas e se ela pode ter sido picada por um carrapato. Também, são realizados exames para confirmar o diagnóstico”, explica Ivânia Folster, gerente de Zoonoses da Dive.

Prevenção

As medidas de proteção e controle da doença estão baseadas em evitar contato com o carrapato. Entre elas, a importância do uso de roupas adequadas em áreas com possível presença do inseto e a inspeção do corpo após atividades ao ar livre em áreas de possível transmissão. Além disso, manter gramados aparados e áreas limpas diminui a presença desses vetores em ambientes residenciais.

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• Usar roupas claras para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro.
• Usar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas.
• Evitar andar em locais com grama ou vegetação alta.
• Usar repelentes de insetos.
• Verificar se você e seus animais de estimação estão com carrapatos.
• Se encontrar um carrapato aderido ao corpo, removê-lo com uma pinça.
• Não apertar ou esmagar o carrapato, mas puxar com cuidado e firmeza.
• Depois de remover o carrapato inteiro, lavar a área da mordida com álcool ou sabão e água.
• Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença.
• Após a utilização, colocar todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos insetos.

Espécies da bactéria causadora da doença que ocorrem no Brasil

Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste.

Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves, chamados de Febre Maculosa por Rickettsia parkeri (FMRP). Essa forma da doença é mais leve e não apresenta casos graves ou óbitos em geral.

           

             

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