Com 154 cidades consideradas infestadas pelo mosquito, reunião define manejo clínico com representantes
De acordo com o último informe epidemiológico da dengue em Santa Catarina, emitido na segunda-feira (29), o estado apresenta 7.185 focos do mosquito Aedes aegypti em 182 municípios. Dos 295 municípios catarinenses, 154 são considerados infestados pelo vetor.
]Nessa quinta-feira (1º), a Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, e o Superintendente de Vigilância em Saúde, Fábio Gaudenzi, coordenaram uma reunião técnica de alinhamento com os municípios que apresentam as maiores taxas de incidência de casos prováveis neste início de 2024.
O objetivo da reunião foi a apresentação atualizada do cenário epidemiológico no país e no estado, assim como as ações a serem intensificadas em relação ao controle do mosquito Aedes aegypti e manejo clínico dos casos suspeitos.
Os casos de dengue estão aumentando em vários estados e Santa Catarina não está isolada no combate à doença. “O país inteiro vive o aumento de casos da dengue. Todos precisam fazer a sua tarefa, de eliminar os criadouros do mosquito. Qualquer recipiente que permita o acúmulo de água parada pode se tornar um foco em potencial para a reprodução do mosquito”, alerta a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.
Para o Superintendente de Vigilância em Saúde, Fábio Gaudenzi, o momento é de preparar as equipes de saúde para organização dos serviços e atendimento ao paciente. “É necessário que as equipes estejam sensíveis à suspeição da dengue e que o fluxograma para atendimento seja seguido no atendimento. Lembrando que a hidratação é fundamental para o tratamento da dengue.”
Dengue em SC
Santa Catarina já contabiliza 5.897 casos prováveis da doença no ano de 2024. Na comparação com o mesmo período do ano 2023, observa-se um aumento de 646,5% no número de casos prováveis. Até o momento, foi confirmado um óbito por dengue, na cidade de Joinville, e quatro permanecem em investigação pelas Secretarias Municipais de Saúde, com apoio da Secretaria de Estado da Saúde, nos municípios de Araquari, Florianópolis, Garopaba e São Francisco do Sul.
A gerente de zoonoses da Dive, Ivânia Folster, destaca a importância da população fazer sua parte na prevenção da doença. “É preciso unir esforços, do poder público e de toda sociedade, para enfrentamento das arboviroses. Ações simples que fazem diferença. Descartar corretamente o lixo, vedar caixas d’água, limpar calhas e lajes, são alguns exemplos”, destaca.
A melhor maneira de prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti continua sendo eliminar locais com água parada:
- Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
- Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
- Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
- Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
- Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
- Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
- Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.
Foto: Jonatã Rocha/SECOM