Foto: Eduardo Valente/ Secom
O estado conta com 33% dos detentos envolvidos em atividades laborais
Santa Catarina tem se destacado no cenário nacional por contar com mais de 8.200 detentos envolvidos em atividades laborais, o que representa 33% da população carcerária do estado. Esse número está bem acima da média nacional, que é de 19%, conforme dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais. O trabalho de ressocialização é conduzido pela Secretaria da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) e reforça a posição do estado como referência em ações para reintegração social.
A iniciativa, realizada em parceria com empresas privadas e setores públicos, visa capacitar profissionalmente os detentos, oferecendo oportunidades de trabalho dentro e fora das unidades prisionais. Esses programas são fundamentais para o desenvolvimento de habilidades técnicas e sociais, preparando os internos para um retorno mais seguro à sociedade e reduzindo os índices de reincidência criminal.
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, destacou o impacto positivo do trabalho dos detentos, exemplificando com a obra da Emergência do Hospital Celso Ramos, realizada com mão de obra prisional “gerou economia e devolveu pra população um serviço melhor. O trabalho é importante e temos apostado nisso para que voltem pra convivência em sociedade sem cair no crime novamente”, afirmou.
Segundo o secretário da SAP, Carlos Alves, o aumento das vagas para detentos em atividades laborais é um compromisso do governo estadual para garantir novas oportunidades aos internos. Ele ressaltou que o trabalho, juntamente com a educação, são pilares essenciais para a recuperação e inclusão social dessas pessoas.
Atualmente, os detentos catarinenses atuam em diversas áreas, como indústria náutica, cosméticos, marcenaria, têxtil e agricultura. A expectativa é de que novas parcerias com empresas de diferentes setores sejam firmadas, ampliando ainda mais as oportunidades de trabalho no sistema prisional do estado.