12 de dezembro de 2024
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Paulo Chagas

Serra Catarinense avança nas opções para o turismo alternativo

Novos equipamentos se espalham em pequenos municípios que outrora não tinham vocação para o turismo / Foto: Paulo Chagas

Há uma certeza entre os empreendedores do turismo serrano, seja qual for a modalidade ou o tamanho dos equipamentos, de que a Serra Catarinense é atualmente opção o ano todo. Foi-se o tempo em que o olhar para a Serra ocorria somente no período de inverno. É com esse novo olhar, que as ações estão evoluindo. Por isso, novos investimentos estão sendo feitos. Entende-se que os habitantes do litoral, e que têm as praias à disposição sempre que quiserem, buscam diversificar suas viagens, e nesse caso, a Serra surge como opção e com lugares atrativos. Com esse viés, foi realizado, nesta segunda-feira (9), em Capão Alto, o Seminário da Região dos Lagos, visando promover o aproveitamento do lago do Rio Pelotas, originário das barragens das usinas Barra Grande e São Roque. O despertar para o aproveitamento natural desse lugar até demorou. Porém, a nova postura veio após mudanças radicais na diretoria da Agência de Desenvolvimento da Região dos Lagos (ADREL), há pouco mais de um ano.

Roteirização do Turismo Regional

Foto: Paulo Chagas

Dentro da proposta de impulsionar o desenvolvimento do turismo regional, o 1º Seminário da Região dos Lagos, abriu espaço para a apresentação, através do Projeto Agentes de Roteiros Turísticos (ART), do Sebrae, de um plano de roteirização e que esteja dentro de uma mesma temática. O planejamento foi trabalhado por seis meses, de forma integrada com os empresários ligados aos atrativos, equipamentos e serviços. A metodologia do Sebrae foi executada em parceria com Cisama, Amures e Adrel, envolvendo também as Secretarias de Turismo e os Conselhos Municipais. O projeto abrange inicialmente três municípios: Anita Garibaldi, Capão Alto e São José do Cerrito. Os três pertencem a um mesmo território e com potenciais de ofertas em torno do produto turístico, tendo em comum a proximidade do grande lago formado pelas usinas. Além disso, tem forte ligação com elementos como o tropeirismo, imigrantes, a gastronomia e expressões culturais. E suma. Hoje, o turista pode encontrar equipamentos onde menos se espera, justamente em pequenos municípios, que outrora não apresentavam a mínima vocação para o turismo. O crescimento é notório.

Barcos e aviões em Santa Catarina estão desobrigados a pagar IPVA

Foto: Divulgação/Embraer

O Governo do Estado de Santa Catarina emitiu nota, nesta segunda-feira (9), informando que o governador Jorginho Mello determinou que não haverá a cobrança de IPVA para barcos e aviões em Santa Catarina enquanto não for editada Lei Complementar Federal que regulamente este novo cenário. Uma resposta à inexistência de uma regulamentação nacional que evite conflitos de competência e estabeleça normas gerais a serem observadas por todos os estados, nesse caso específico. Segundo a nota, a incidência deste imposto para determinados grupos de veículos aéreos e aquáticos é uma das principais mudanças impostas pela Reforma Tributária, mas precisa ser efetivamente normatizada em âmbito federal.

Insegurança jurídica

A previsão de cobrança de IPVA para determinados grupos de aeronaves e embarcações foi estudada pela Secretaria de Estado da Fazenda como parte das adequações necessárias para atender à Reforma Tributária. Contudo, avaliações complementares apontaram que não haveria segurança jurídica para implementar a cobrança em SC sem a regulamentação legal da mudança no Congresso Nacional. O governador afirma que o Estado é contra o aumento de impostos e vai manter a posição enquanto a legislação não estiver clara.” Entendemos a importância dos setores náutico e aéreo para a economia catarinense e nosso compromisso é continuar trabalhando para gerar emprego e renda e, sempre que possível, reduzir a carga tributária para quem empreende e produz em Santa Catarina”, destacou o governador. Por essas mesmas razões, Paraná e Rio Grande do Sul desistiram de enviar projetos de lei que previam a incidência de alíquotas de IPVA para barcos e aviões.

Isenção de IPVA para veículos elétricos em SC

Deputado Padre Pedro / Foto: Bruno Collaço / Agência AL

Com um pensamento similar ao do Governo do Estado, o deputado Padre Pedro Baldissera (PT) apresentou projeto de lei à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) propondo a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para veículos 100% elétricos com valor de até R$ 300 mil. A iniciativa busca incentivar o uso de tecnologias limpas, reduzir a emissão de poluentes e fortalecer a economia verde no estado. Segundo o deputado petista, a medida é um passo significativo para promover práticas sustentáveis e atrair novos investimentos, posicionando Santa Catarina como referência em responsabilidade ambiental.  A proposta, ainda deve passar por comissões temáticas da Alesc.

Aprovado o Orçamento 2025 de Lages

O orçamento estima a Receita e fixa a Despesa do município de Lages para o exercício de 2025 / Foto: Bruno Heiderscheidt de Oliveira

Os vereadores e as vereadoras aprovaram por unanimidade o projeto que estabelece o Orçamento 2025 do Município de Lages. Assim, a futura prefeita Carmen Zanotto terá para administrar o município, o valor total de R$ 936.045.000,00, sendo R$ 595.6 milhões relativos ao Orçamento Fiscal da administração e R$ 340.3 milhões para o Orçamento da Seguridade Social. A receita é proveniente da arrecadação de tributos, rendas e outras receitas correntes e de capital, conforme estabelece a legislação. As despesas são distribuídas nas diversas áreas de atribuição do poder público (ver documento original abaixo), com destaque especial para a Educação (R$ 245.9 mi) e Saúde (R$ 195.3 mi), que ocupam mais de 47% do valor total.

Na sequência aparecem os aportes para com à Previdência Social dos servidores municipais (R$ 116.1 mi) e o pagamento de dívidas e parcelamentos do município (R$ 64.6 mi), classificado na peça orçamentária como “Encargos Gerais”. Ao Poder Legislativo Lageano serão disponibilizados R$ 19.8 milhões, o que representa 2,12% do total do Orçamento 2025.

Documento original: PL 0174/2024.