A greve começa, por tempo indeterminado, a partir das 00h desta quarta-feira (31)
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) decidiu, após assembleia realizada na tarde desta terça-feira (30), que deflagrará greve na Capital.
A decisão foi aprovada por unanimidade, cerca de 5 mil votos, pelos trabalhadores que participaram da assembleia. O sindicato e o executivo municipal se reuniram na manhã da última segunda-feira (29), porém, segundo o Sintrasem, a Prefeitura de Florianópolis não teria apresentado nova proposta econômica.
Ainda de acordo com o sindicato, uma possível terceirização da administração das unidades de saúde, também contribuiu para a decisão de manter a assembleia, que decidiu pela greve.
“A escolha política do prefeito de privilegiar uma elite empresarial e abandonar o serviço público é uma crueldade com o povo trabalhador, que vai ficar sem o atendimento que precisa na saúde, educação e demais serviços que devem ser gratuitos, de qualidade e acessíveis a todos”, afirmou o Sindicato, em nota, publicada no site do Sintrasem.
Segundo a Prefeitura, “as conversas terminaram quando o sindicato se recusou a continuar discutindo as cláusulas se o município não mantivesse a gestão atual das UPAs Norte e Sul”. Para a Prefeitura, “é urgente a mudança nas duas UPAs para melhorar e expandir o atendimento, além da economia para os cofres públicos”.
Ainda de acordo com a administração municipal, foi apresentado o reajuste de 6% nos salários e vale-alimentação, além de uma gratificação de R$ 300,00 para auxiliares de sala que, com o reajuste, terão aumento de 17% no salário.
“O sindicato se diz contra o modelo de organização social nas UPAs, mas prova cada vez mais a importância desse modelo de administração. É o que vamos fazer durante a greve: contratar profissionais de fora para não deixar a população sem atendimento”, disse o prefeito Topázio Neto.
Na educação, a Prefeitura de Florianópolis afirmou que já iniciou trâmites para antecipar férias escolares em unidades que decidirem por paralisar os serviços. “O objetivo é não prejudicar o ano letivo de milhares de alunos”.
Foto: Sintrasem/Reprodução