14 de janeiro de 2025
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Paulo Chagas

Total empenho para manter único voo comercial da Serra Catarinense

A reunião virtual ocorreu antes da viagem ao Rodeio de Santa Isabel, em São Joaquim, na sexta-feira (10), com a participação de Jorginho Mello e lideranças locais / Foto: Nathan Neumann

Na semana que passou a direção da Azul Linhas Aéreas comunicou que deverá suspender o único voo comercial em operação na Serra Catarinense, a partir de 10 de março, próximo. A nota enviada caiu como uma bomba, e se for cumprida conforme previsto, a região ficará desprovida da conexão com São Paulo. Um sério problema, justamente quando a Serra Catarinense está com o turismo em alta, também no período de verão. Tudo na região parece ser difícil. Para quem não sabe, somente em fevereiro de 2020 é que o Aeroporto em Correia Pinto foi homologado junto à ANAC para operações comerciais, isso, após 18 anos de obras. Quase o mesmo tempo em que a BR 282 levou para ter a pavimentação completa de Lages, via São José do Cerrito/Vargem, até Campos Novos.

Decisão pode ser revista

O assunto segue repercutindo, e a mobilização tem sito grande para reverter o processo de desativação dos voos comercias da Azul Linhas Aéreas, no Aeroporto em Correia Pinto, na Serra Catarinense. Dentro desse contexto, a empresa se comprometeu em revisar a decisão de suspender as operações, após reunião on-line na última sexta-feira (10/1), de diretores com o governador Jorginho Mello e demais lideranças da região. As lideranças da Serra, também apresentaram, na reunião, novas propostas de parcerias para a manutenção dos voos, que são consideradas fundamentais para a economia regional. Porém, entre as colocações do governador Jorginho Mello (PL) está a do benefício que pode chegar a 1,5% dos atuais 17% do ICMS. A tributação de 1,5% será possível para empresas que tiverem operações em oito aeroportos, com oferta de quatro voos internacionais e 50 voos nacionais semanais e dois voos entre aeroportos localizados no Estado. Nesse caso, deixar as operações na Serra, pode representar prejuízo maior à empresa.

Motivos da decisão

O diretor de relações institucionais da Azul, César Grandolfo, explicou os motivos que levaram a empresa a suspender as operações em 14 cidades brasileiras, incluindo Correia Pinto. A falta de aeronaves e peças para a manutenção e a alta do dólar, que eleva os custos operacionais, foram os principais fatores. É, de certa forma, compreensível.

Nova reunião

Nesta semana o grupo deve voltar a se reunir. A Azul avaliará as propostas sugeridas no encontro, que vão desde a redução na oferta semanal de voos, até auxílio, por parte dos empresários, nos custos operacionais de solo e garantia de ocupação mínima dos voos.

Içara, no Sul do Estado, conquista pavimentação de importante marginal

Comitiva catarinense em uma das reuniões que tratou da pauta em Brasília – outubro de 2024 / Foto: Divulgação/Assessoria

Depois de três audiências em Brasília e inúmeras reuniões no estado, a pavimentação da via pública em frente à maior produtora de picolés da América Latina, a Eskimó Sorvetes, em Içara, acaba de ser autorizada pela Agência Nacional de Transportes (ANTT). Peça fundamental na articulação política, a prefeita da cidade, Dalvania Cardoso, foi a primeira a receber a notícia. Ela imediatamente lembrou todo esforço do senador Espiridião Amin e de Beto Martins que, enquanto no mandato de senador, articularam em favor da pauta içarense na capital federal. “Eles foram sensíveis à importância da empresa, que produz um milhão de picolés por dia e que gera mais de 1.300 empregos na cidade, e trabalharam muito conosco”, agradeceu a chefe do poder executivo. O próximo passo, de acordo com o secretário municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Israel Rabelo, deve ser dado pela ANTT. “A agência deve fazer a publicação no Diário Oficial da União, o que vai possibilitar à CCR fazer o contrato que permitirá a execução da obra pelo Município”, finaliza Israel.