22 de novembro de 2024
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Economia

Usina de grande porte de energia renovável será instalada em SC

A geração de biogás vai criar empregos diretos e indiretos, e movimentar a economia local

A AGRIC será construída na empresa de compostagem de resíduos orgânicos industriais para produção de biofertilizante, em Campos Novos, na Serra Catarinense. O projeto está sendo encabeçado pela (re)energisa, marca de geração e comercialização de energia limpa e renovável do Grupo Energisa, que adquiriu a empresa em 2023. A expectativa é que a usina produza, até julho de 2025, 25.000 m³/dia de biometano, trate 350 toneladas por dia de resíduos e comercialize 3500 toneladas mensais de adubo.

A implantação desse projeto marcou a entrada do Grupo Energisa no segmento de biogás e biometano, e contou com investimento inicial na ordem de R$ 60 milhões. O projeto prevê que os biodigestores, que convertem os resíduos em biogás, receberam aprimoramentos. Da mesma forma, os sistemas de geração de energia elétrica para o autoconsumo da usina. Segundo a empresa, entre 2024 e 2025 serão investidos R$ 80 milhões. A expectativa é que a iniciativa vai gerar empregos diretos e indiretos, movimentar a economia local e colocar a região na vanguarda da transição energética.

A tecnologia empregada será de ponta, a mesma que hoje é empregada na Europa e vai maximizar o aproveitamento do resíduo como fonte de energia e nutrientes para retornar à cadeia produtiva. Desta forma, a empresa acredita que a usina impulsione a transição energética e a descarbonização do Estado.

Projeto que será implantado em Campos Novos. Imagem: Grupo Energisa

A escolha da aquisição do empreendimento em Campos Novos foi estratégica pelo alto volume de resíduos orgânicos disponíveis na região, provenientes principalmente de frigoríficos de aves e suínos e indústrias de laticínios. “É um insumo de energia resiliente ao ambiente econômico, e que combina a demanda com impacto social e ambiental crescentes. Por isso, torna-se um movimento estratégico, dado que a Associação Brasileira de Gás (Abiogás) prevê o aumento de 500 mil m³/dia para 7 milhões m³/dia de consumo de biometano até 2029”, afirmou o líder de soluções bioenergéticas da (re)energisa, Frederico Botelho, durante o 6 º Sul Brasileiro de Biogás e Biometano que aconteceu na quarta-feira (17), em Chapecó. Para ele, o biocombustível tem a possibilidade de substituir o consumo de gás natural, GLP e diesel e o crescimento depende apenas da competitividade frente aos demais combustíveis.

Comercialização

Todo o processo, que vai desde a geração à comercialização do gás, será feito pela (re)energisa. O biometano será direcionado para o mercado local, atendendo a demandas já mapeadas para biocombustível e energia. A empresa considera que é um insumo estratégico para a marca e para o mercado em dimensões econômica, energética e ambiental. Também existem planos para replicar esse modelo de negócios em outros estados brasileiros.

As indústrias locais poderão se beneficiar diretamente com a criação de um ciclo onde os resíduos das indústrias podem ser utilizados como matéria-prima na produção do biometano que será comercializado para indústrias da própria região.

“A entrada da Energisa no mercado de biometano e biogás consolida a posição do Grupo como um player integrado que oferece um ecossistema de soluções energéticas, e integra a estratégia de diversificação de portfólio da companhia.” disse Frederico Botelho, líder de soluções bioenergéticas da (re)energisa. Ele completou dizendo que essa nova realidade reafirma o papel da Energisa como protagonista da transição energética no Brasil rumo a uma matriz mais limpa e sustentável. Isso deve promover mais segurança energética ao país e gerar inúmeros benefícios para o desenvolvimento socioeconômico.