Segundo Saúde do município, produto é aprovado pela OMS e elimina larvas do mosquito em água parada
A Secretaria de Saúde de Chapecó passou a utilizar um drone agrícola no combate à dengue no município do Oeste de Santa Catarina. O equipamento tem capacidade para 20 litros, e realiza a aplicação aérea de biolarvicida para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Segundo a Prefeitura, a iniciativa partiu do Secretário de Saúde, Jader Danielli, com o objetivo de aumentar a eficiência da aplicação do produto, que tem durabilidade de 30 a 45 dias. “É um produto aprovado pela Organização Mundial de Saúde e não oferece risco para humanos ou animais”, afirmou o secretário.
De acordo com o boletim epidemiológico da dengue em Chapecó, o município conta com 195 casos prováveis de dengue, sendo 49 confirmados, além de 400 focos do mosquito Aedes aegypti.
O prefeito João Rodrigues explica que a aplicação de biolarvicida com o uso de drone apresenta vantagem relação à aplicação com veículos ou a pé. “Estamos modernizando o combate à dengue. O drone consegue cobrir mais rapidamente uma área e tem maior efetividade, pois cai como se fosse uma chuva fina, atingindo recipientes de água parada e com larva do mosquito tanto em pontos mais baixos, como também em locais de difícil acesso, nos prédios, calhas e também em locais que estão fechados e os agentes de combate a endemias não conseguem acessar”, disse o prefeito.
A Secretaria de Saúde de Chapecó alerta que, durante a aplicação do biolarvicida, os moradores devem evitar ficar diretamente expostos ao produto e não deixar alimentos ou bebidas expostos, da mesma forma como acontece durante a aplicação do tradicional fumacê. Após a aplicação, a recomendação é lavar frutas e verduras antes de consumi-las.
A primeira aplicação utilizando o novo dispositivo foi no bairro Pinheirinho, um dos locais com maior número de focos da cidade. O gerente da Vigilância em Saúde, Rodrigo Momoli, disse que a ação começou no Pinheirinho e depois será estendida para outros bairros com mais casos de dengue, como Santo Antônio e Efapi.
Veja imagens do equipamento em ação:
Fotos: Leandro Schmidt/PMC