Protestos no país foram dispersados pelas forças de segurança. Imagem: Reprodução Redes Sociais.
Oposição contesta o resultado da eleição, mesmo assim o Conselho eleitoral proclamou vitória de Maduro
Mais um episódio na polêmica eleição presidencial da Venezuela. O governo venezuelano decidiu expulsar diplomatas da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, da República Dominicana e do Uruguai, por que contestaram o resultado das urnas. Mesmo com todos os protestos no país, que foram dispersados pelas forças de segurança, e também pelo mundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) proclamou a vitória de Nicolás Maduro. O Ministério Público da Venezuela divulgou que está monitorando as manifestações realizadas no país contra Maduro e que manifestantes podem ser presos por não aceitar o resultado das eleições realizadas no último domingo (28).
O governo venezuelano criticou, na última segunda-feira (29), os países que não reconheceram a vitória de Maduro, classificando o fato como atentado contra a soberania nacional e criticando o que denominou “pronunciamentos intervencionistas”. De acordo com a nota, serão promovidas “todas as ações legais e políticas para fazer respeitar, preservar e defender” o direito inalienável da autodeterminação.
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“A República Bolivariana da Venezuela manifesta sua rejeição mais firme diante das declarações de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington e comprometidos abertamente com os postulados ideológicos mais sórdidos do fascismo internacional, tentando reeditar o fracassado e derrotado Grupo de Lima, que pretende desconhecer os resultados eleitorais dos Comícios Presidenciais ocorridos este domingo”, destacou o comunicado, que ressaltou também que o governo vai enfrentar todas as ações que atentem contra o clima de paz na Venezuela.
O novo mandato de Maduro será de 2025 a 2030. O resultado da eleição, segundo o CNE, foi de 51,21% dos votos contra 44% de Edmundo González, o segundo colocado. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela dos “dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.
A transparência no processo eleitoral está sendo cobrada por países sul-americanos, representantes dos Estados Unidos e da União Europeia. Por outro lado a Rússia e a China parabenizaram Nicolás Maduro.
(Com Informações da Agência Brasil.)