Universidade pediu ajuda para investigar, mas órgão municipal afirma que casos não configuram surto
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) solicitou, na quarta-feira (15), que a Vigilância Epidemiológica de Florianópolis efetuasse uma visita técnica ao campus da Trindade, a fim de investigar diversos relatos de pessoas na região com sintomas abdominais. Entre os casos, estariam queixas de cólicas, diarreia, vômito, náuseas e até mesmo febre alta.
Nesta quinta-feira (16), a Vigilância se pronunciou dizendo que “não há razão para a visita, pois a situação não foi configurada como surto”, pois os casos seriam “isolados e sem conexão entre si”.
A nota divulgada quarta-feira pela UFSC diz que os “casos foram relatados entre estudantes e servidores da UFSC, mas também entre crianças e pais de alunos do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI)”. Somente no NDI, entre adultos e crianças, foram ouvidos mais de 10 relatos.
A diretora do Departamento de Atenção à Saúde da Universidade (DAS), Nicolle Doneda, cita o aumento de casos de dengue em Santa Catarina, mas também lembra a epidemia de diarreia ocorrida em janeiro na capital. “A gente acredita que pelos sintomas é a mesma situação de janeiro”, afirma.
Mesmo sem fazer a visitação, a Vigilância Epidemiológica diz que segue investigando e que, neste momento, “está em contato com cada pessoa que a UFSC repassou como caso suspeito, para identificar sintomas, exposições de risco e, com isso, identificar se há surto e qual seria a causa provável”. Segundo o órgão, a inspeção na Universidade somente será necessária para as causas prováveis.
Foto: UFSC / Reprodução