Jogador passou por grande clubes brasileiros e chegou a namorar a modelo Nicole Bahls por pouco mais de um ano
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou na manhã desta terça-feira (18) a Operação Penalidade Máxima II, que apura suspeitas de manipulações de jogos de futebol na Série A do Campeonato Brasileiro de 2022 e em campeonatos estaduais de 2023. Entre os jogadores alvos de mandados de busca e apreensão, está o zagueiro Victor Ramos (ex-Palmeiras, Vasco e Goiás), da Chapecoense.
Após a operação, a Chape emitiu uma nota, afirmando que irá “colaborar totalmente com as autoridades”, mas reiterando “a confiança na integridade profissional” de Victor Ramos. Confira abaixo a nota na íntegra.
De acordo com o MP-GO, o grupo teria atuado na manipulação de pelo menos 5 jogos do Brasileirão de 2022. Além dos jogos nacionais, outras cinco partidas de campeonatos estaduais — entre eles, os torneios goiano, gaúcho, mato-grossense e paulista — de 2023 também foram alvo do grupo.
Até R$ 100 mil jogadas combinadas
Conforme já apurado, o grupo criminoso atuou mediante cooptação de jogadores profissionais de futebol, com oferta de valores entre R$ 50 mil a R$ 100 mil aos atletas para que eles cometessem eventos determinados nos jogos.
A investigação indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo.
Há indícios de que as condutas previamente solicitadas aos jogadores buscavam possibilitar que os investigados conseguissem grandes lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, utilizando, ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar os rendimentos.
Confira nota da Chapecoense
A Associação Chapecoense de Futebol vem a público a fim de reiterar o seu posicionamento totalmente contrário a qualquer tipo de situação que envolva a manipulação de resultados de jogos. O clube entende que tais condições são totalmente antidesportivas, ferindo os valores éticos e morais da modalidade.
A respeito da “Operação Penalidade Máxima” e do cumprimento do mandado relacionado à ela em Chapecó – envolvendo um jogador do clube – a agremiação alviverde reforça o seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade profissional do atleta.
Por fim, tendo em vista as investigações, o clube destaca o seu compromisso em colaborar totalmente com as autoridades e oferecer todo o suporte e informações necessárias na apuração e esclarecimento do caso.
Foto: Chapecoense / Divulgação